segunda-feira, 22 de março de 2010

Curso de Produção Executiva para o Mercado Fonográfico


Bumba Records realiza em Teresina o curso ministrado pelo músico e produtor Leandro Fregonesi. Vital para quem trabalha com música, o curso já foi feito por vários nomes conhecidos da música nacional, tais como: Fernanda Abreu, Roberta Sá, Daniela Mercury, Guto Goffi (Barão Vermelho), EMI Music, Biscoito Fino, Selo Zeca Pagodiscos (do Zeca Pagodinho), Beth Carvalho, Gabriel, o Pensador, Lenine, Vanessa da Mata, entre outros.

[clique na imagem para ver o cartaz ampliado]

Logo abaixo você confere a apresentação e ementa do curso. E para se inscrever, não perca tempo, e ligue para 9413.8770 ou 3233.2463 e obtenha mais informações.


Apresentação e Ementa

  1. Público-Alvo e Objetivos:

O curso foi desenvolvido para atender aos artistas, cantores, compositores, músicos, empresários, técnicos, produtores artísticos, musicais e executivos, arranjadores, profissionais autônomos vinculados à música e à cultura de qualquer gênero e origem, além de todos os profissionais dos diversos níveis da cadeia produtiva de discos e fonogramas (ou de setores afins) que pretendam aprender, aprimorar ou atualizar seus conhecimentos sobre o tema.

A Produção Executiva de Fonogramas será abordada, na íntegra, à luz das Leis vigentes no Brasil e das obrigatoriedades técnicas dos agentes envolvidos na produção, com ênfase em:

· Planejamento físico-financeiro

· Controle das gravações

· Exigências legais e obrigatoriedades técnicas

  1. Conteúdo:

    • Planejamento físico-financeiro:

Ø Definição do produto

Ø Custos

Ø Receitas e royalties

Ø Cronograma e organização das gravações

§ Controle das gravações:

Ø Ficha técnica

Ø O ISRC (Código Internacional de Normatização de Gravações)

Ø Planejamento musical (planilha de repertório)

Ø Diário de gravação e checagem do cronograma

§ Exigências legais e obrigatoriedades técnicas:

Ø Identidade visual do produto: design gráfico e fotos

Ø Releases: conteúdos e formas

Ø Documentação necessária: obtenção do ISRC, liberação de autores e editoras, Termo de Responsabilidade do Produtor, fotolitos (ou arquivos digitais da arte), prova de ‘prelo’, código de barras e código do disco.

Ø Logística de lançamento independente do CD: prensagem, distribuição, divulgação, relacionamento com a imprensa, shows, eventos e utilização da internet.

Ø Lançamento por selo/gravadora: Noções básicas de negociações, contratos e royalties.

Ø Registro de músicas: junto às Sociedades de direitos autorais/conexos (e ao ECAD), Escola de Música da UFRJ e outros.

Ø Edição de Músicas: definição

Ø Legislação: noções básicas das Leis 9.279/96 (Propriedade Industrial) e 9.610/98 (Direitos Autorais e Conexos)

  1. Material Disponibilizado:

§ Apostila completa de referências e anotações.

§ Modelos manipuláveis de:

Ø Planilha de custos

Ø Planilha de receitas e royalties

Ø Cronograma

Ø Planilha de repertório (planejamento musical)

Ø Planilha para a ficha técnica

Ø Diário de gravação do disco

Ø Autorização de autores (onerosa e gratuita)

Ø Contrato de licenciamento de fonogramas

Ø Termo de Responsabilidade do Produtor

Ø Planilhas para o ISRC

§ Leis 9.279/96 (Propriedade Industrial) e 9.610/98 (Direitos Autorais e Conexos).

  1. Carga Horária:

12 (doze) horas de aulas : realização do curso em três (03) dias, com carga horária diária de quatro horas


quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Público aprova criação da Rede Música Piauí


O Piauí deu um grande passo na produção musical do estado com o lançamento da Rede Música Piauí, que aconteceu nesta quarta-feira e reuniu pessoas ligadas direto ou indiretamente a essa cadeia produtiva.

Realizada no prédio da FIEPI na noite de ontem, a primeira plenária contou com uma palestra online com o doutor Jorge Mello, advogado especializado em direito autoral. Dowload na internet dentre outros temas ligados a tecnologia foram debatidos, além de soluções para controlar a divulgação de obras fonográficas na web.

Após a palestra, o presidente da Bumba Records, produtor Márcio Menezes, fez algumas considerações sobre o tema e levantou a idéia central da criação da RMP@independente. Ele falou da experiência de participar da Feira da Música de Fortaleza, onde, representando o Piauí integrou o Fórum Nacional da Música. Ele relatou a importância do nosso estado entrar com mais representatividade em eventos de tamanha importância para os negócios da música.



Por fim, foi aberta uma discussão entre advogados, jornalistas, produtores e empresários ali presentes sobre os assuntos levantados na reunião. A Rede Música Piauí na internet, hoje com 178 membros ativos, foi apresentada por Mike Soares, que ressaltou a importância de usar essas ferramentas para tratar de nossos interesses em comum.

O lançamento da RMP@independete foi apenas o primeiro passo de um trabalho gradual e participativo. O fórum idealizado por Márcio Menezes é para ser tomado pelo povo, agentes participantes que tem em mãos o poder de transformar o cenário musical do Piauí.

A Rede Música Piauí espera multiplicar o número de participantes, aumentando assim essa corrente em prol da música. A próxima reunião deve ser em setembro, com data e local ainda a serem definidos.




Lançamento da Rede Música Piauí

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Rede Música Piauí é formatada na Feira da Música

Representantes do Fórum Nacional da Música - Sindmusi/RJ



A Feira da Música de Fortaleza trouxe boas notícias para os negócios da música piauiense. A Rede Música Piauí, antes mesmo de realizar a sua primeira reunião, já fez parcerias com outros fóruns de música independente como a A Rede Rio Música, e o projeto da Funarte, Rede Música Brasil, estando agora dentro do fórum nacional da música.

Márcio Menezes na Rodada de Negócios com a empresa Nokia

O Bumba Records participou do GT de Legislação e Comunicação promovido pela Funarte. Além disso, aproveitou para fazer muitos contatos importantes, com idealizadores das Redes de Música, gerentes de música, produtores de todo o mundo e empresários da música, dentro da Rodada de Negócios. Sindmusi, Arpub, Quanta Musica, Minc, Abrafim, iMusica, são alguns dos destaques. A banda Validuaté, representada pelo Bumba Records, fechou parceria com a Terra Sonora, Nokia e Claro, empresas que investem na venda fonográfica através de aparelhos celulares e/ou internet. A banda foi ainda convidada para participar do FUI - Festival da União do Ibiapaba (CE) – e do projeto Sesc Amazônia das Artes.

Validuaté em apresentação no Órbita

Para o presidente do Bumba Records, produtor Márcio Menezes, muito das idéias formatadas nas reuniões e contatos possibilitados pela Feira da Música serão fundamentais para a consolidação da Rede Música Piauí. A partir de agora, a produção musical do Piauí terá mais representatividade dentro de eventos como esses. “Se conseguirmos lançar a RMP com sucesso dentro do nosso estado, em pouco tempo estaremos participando de eventos e projetos nacionais e internacionais como fórum independente e crítico, lutando por uma boa circulação, legislação e comunicação”, acredita o produtor.

Produtora da Feira, Ivan Ferraro, e Márcio Menezes

A Rede Música Piauí será lançada nesta quarta-feira (26), às 18h no auditório da FIEP- Federação da Indústria e Comércio do Piauí. A idéia é começar a ampliar o debate sobre a produção e distribuição da música produzida no Piauí. E, Márcio Menezes esclarece: “Não é um projeto feito pelo Bumba Records. Foi idealizado por mim para ser tomado pelo povo. É uma maneira de integrar o nosso estado nesse macro sistema que já foi lançado no Brasil.”. A RMP vem para trazer representatividade do nosso estado na produção de música nacional. “É triste perceber que o Piauí, com toda sua história e tradição musical, só participe de projetos montados pelos gestores públicos. A RMP vem para mudar isso.”, conclui Márcio Menezes.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Rede Música Piaui será lançada este mês em Teresina

Acreditando na potencialidade musical do Piauí, a Bumba Records prepara ainda para este mês a primeira reunião de lançamento da Rede Música Piauí_RMP@independente, com o objetivo de aproximar os agentes da música piauiense, para propor idéias e soluções criativas sobre a produção musical de todo o estado.

A iniciativa é da gravadora, mas a rede é de todos. Poderão participar da rede qualquer pessoa que faça parte direta ou indiretamente do cenário musical do estado, independente da localidade. Músicos, produtores, bandas, selos, estúdios, empresários, publicitários, jornalistas, DJs, documentaristas, fotógrafos, advogados, profissionais do broadcasting (rádio/TV), e todos aqueles que se proponham a contribuir com experiências, idéias e propostas. O importante é participar e estimular os negócios dessa cadeia produtiva.

A idéia para isso é realizar ciclo de palestras com profissionais atuantes da cena local, como também de outros estados onde a cena independente é forte e estruturada. A RMP@independente contará ainda com a realização de workshops, shows de música, turnês, participação em feiras de música, fóruns e redes sociais, com o intuito de estreitar essa rede pelo independente em nosso estado com os estados vizinhos.

A Rede Música Piauí_RMP@independente será lançada dia 26 de agosto. Em breve, mais informações sobre local e programação. Aguarde!

Clique AQUI para participar da RMP!

Bumba Records e Validuaté na Feira da Música de Fortaleza

O Bumba Records e a banda Validuaté estão de malas prontas e o destino é Fortaleza, cidade que entre os dias 19 e 22 de agosto, será palco da Feira da Música 2009.

Para o selo, o evento é uma grande oportunidade de expor seu trabalho e idéias, fazendo novos contatos e divulgando a música produzida no Piauí. Enquanto a banda Validuaté participa da Mostra da Música Independente ao lado de bandas de todo o país, Márcio Menezes, presidente do Master Studio/Bumba Records, irá participar de painéis sobre diversos temas, encontros internacionais da música, além, é claro, da rodada de negócios. Tudo isso dentro da programação da Feira.

A banda Validuaté, além de apresentar seu novo show “Alegria Girar” no Espaço Cultural BNB, participará também do painel “Comprador e Imagem”, onde, junto com o Bumba Records, discutirão a venda de shows e do trabalho fonográfico da banda á empresas estrangeiras.

Encerrando por lá as atividades, a banda ainda tem um show agendado na boate Órbita na noite do dia 22.

Confira os painéis e encontros dos quais o Bumba Records e Validuaté participarão:

PAINÉIS:

14h – Painel 2: Tecnologia e Indústrias Criativas
Expositores:
NOKIA: Adrian Harley (SP) e Cleiton Campos (SP)
TERRA SONORA: Beni Goldenberg (SP)
IMUSICA: Felippe Llerena (RJ)
Local: Auditório do Sebrae/CE
Data: 20/08

14h – Painel 4: Comprador & Imagem
Expositores:
Adam Lewis: Planetary Group (USA)
Miguel Ivery – Gravadora Afro:Baile Records (USA)
Max de Tomassi – Rai (ITA)
Mediador: David McLoughlin
Organização: Célia Gillio
Local: Auditório do Sebrae/CE
Data: 22/08

ENCONTROS:

Das 09h30min às 12h30min – FUNARTE/ Grupo de Trabalho (01): Produção – Construindo a Rede Música Brasil
Local: Sala 5

quarta-feira, 24 de junho de 2009

PORTO MUSICAL 2009 - Música e tecnologia ancoradas em um só lugar


Mais uma vez, Pernambuco se transforma em um dos mais expressivos polos de conhecimento e discussões sobre o atual mundo da música e da tecnologia. A 4ª edição do Porto Musical, que acontece de 17 a 20 de junho, levará ao cais do Recife respeitados profissionais estrangeiros e brasileiros para um encontro de visibilidade internacional, com uma programação de conferências e showcases.

Apresentado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Ministério da Cultura e Governo do Pernambuco/ Fundarpe, o Porto Musical reune representantes de selos, gravadoras, sites, promotores e agentes musicais, festivais e instituições culturais, além de pessoas interessadas e antenadas às novas tendências do mercado da música.

As conferências do Porto Musical são divididas em três plataformas: Go International! (com abordagem de temas ligados à exportação de música brasileira), Go Brazil! (com proposta de mostrar os rumos do mercado para quem pretende lançar artistas no Brasil) e Go Digital! (que trata da interação cada vez maior entre música e tecnologia).

O objetivo é capacitar e estimular a criação de redes de profissionais, trocar conhecimentos, fazer contatos e gerar negócios.

O Porto Musical é realizado pela Womex (uma das maiores convenções de música do mundo) e Astronave Iniciativas Culturais, em conjunto com o Porto Digital – reconhecida organização social com mais de 100 empresas incubadas no Bairro do Recife. Uma parceria que confirma a consolidação da tecnologia como a maior ferramenta de produção, promoção, distribuição e consumo da música.

A base de operações do Porto Musical é na Torre Malakoff, observatório construído entre 1835 e 1855. As conferências ocorrem pela manhã e à tarde no auditório do Porto Digital e no Teatro Apolo. Todos os pontos de encontro são próximos, permitindo o deslocamento dos participantes a pé. Os showcases são abertos ao público, em palco montado em frente à Torre Malakoff, na Praça do Arsenal da Marinha.

São João - Nesta edição, o Porto Musical agrega sua programação com uma das mais tradicionais festas populares de Pernambuco. As homenagens a São João são traduzidas em ritmos enraizados, como o forró, xote, xaxado, baião e coco. Em pleno ciclo junino, o Porto Musical amplifica as ações junto à Prefeitura do Recife e ao Governo do Estado para oferecer aos visitantes uma experiência festiva original.

Inscrições – Podem já podem ser feitas por meio do site (www.portomusical.com.br) e pagas em boleto bancário ou cartão de crédito. Investimento: R$ 80 (antecipado) e R$ 100 (na semana do evento).

*Por Bebel Prates - Music News

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Perto do lançamento, novo CD do Validuaté conta com participações especiais


O “Alegria Girar” já é um dos lançamentos mais esperados pelo público ligado na música produzida no Piauí. E promete ser um dos álbuns mais bem trabalhados dos últimos anos. O segundo disco de carreira da banda piauiense Validuaté será lançado em breve e deverá atestar a boa fase que vive o grupo.

[clique na imagem para ampliar]

Essa expectativa está sendo gerada por vários elementos, fatores que mostram a evolução do grupo. Um crescimento tanto em termos artísticos, quanto profissionais. Novas músicas da banda, que estarão no próximo CD, já estão sendo tocadas e gerando identificação com os fãs, como as fantásticas “A lenda do peixe francês” e “O Hermeto e o Gullar”. Em termos profissionais, o grupo não mediu esforços para fazer um disco tecnicamente superior ao primeiro. O álbum será lançado pelo selo Bumba Records e foi gravado no Master Studio, o melhor e mais bem equipado estúdio da região.

E os valores agregados não param por aí. O disco acabou de ser masterizado por Enrico de Paoli, profissional que já pôs seu talento em trabalhos de artistas como Ray Charles, Stanley Jordan, Djavan, Alexander O'Neal, Marcus Miller, Aaron Neville, Titãs, Cidade Negra, Al Jareau, entre outros. Diretamente no conteúdo do disco, escrevendo, recitando ou cantando; o “Alegria Girar” também contou com um trio especial de participações: Lirinha, líder do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado; Zéu Britto, cantor e compositor baiano de sucessos como “Soraia Queimada” do longa “Meu tio matou um cara”; e o grande ator dublador Isaac Bardavid, que empresta voz ao mutante Wolverine no cinema e é presença marcante em dezenas de produções dos estúdios nacionais como Herbert Richers e Delart. 

Depois de saber isso tudo, só resta ao público esperar para conferir o material que vem no encarte do disco, que de acordo com o vocalista Quaresma, “está sendo um trabalho caprichado” e por a bolachinha pra tocar. Enfim, esperar o resultado de todo esse trabalho. O “Alegria Girar” está com lançamento marcado para julho deste ano. 

Confira abaixo entrevista com o vocalista da Validuaté, Quaresma

Validuaté vive uma boa fase há algum tempo, com o primeiro disco sendo vendido e ouvido bem, além da boa participação de público em seus shows. A banda segue o mesmo trilho do primeiro disco (Pelos Pátios Partidos em Festa) ou houve alguma mudança de direção em sua música? Enfim, o que mudou na Validuaté do “Pelos Pátios...” pra Validuaté de “Alegria Girar”?

Quaresma - O segundo disco virá um pouquinho mais leve, com mais músicas românticas que  vão desde canções sérias às mais cômicas. O humor está mantido e agora com pitadas de sadismo. O que ganhou destaque no "Alegria" foi o teor fantástico de canções como "A lenda do peixe francês" e "O Hermeto e o Gullar" que contam estórias cheias de  encantamento e surrealismo. Creio que a identidade da Validuaté esteja mantida neste segundo trabalho: a inventividade, a irreverência e a singeleza de melodias mais tristes e bonitas. O disco seguiu como uma espécie de continuidade do primeiro. 

Quem são os artistas que farão participações no novo disco?

Quaresma - Neste nosso segundo trabalho contamos com as participações especiais de artistas nacionais, por coincidência todos do meio da dramaturgia, sendo dois deles principalmente da música. São eles: Lirinha, ator, poeta, cantor e líder do grupo pernambucano Cordel do Fogo Encantado, que participa da canção "O Hermeto e o Gullar", Zéu Britto, cantor, ator e compositor baiano, que canta comigo a "Bruta como antigamente", e o grande Isaac Bardavid, ator e dublador niteroiense com uma das mais extensas e respeitadas carreiras neste segundo ofício, que narra um trecho da "Lenda do Peixe Francês". Pensamos em convidá-los depois que as músicas ficaram prontas, e vimos que cada um se encaixava perfeitamente com a temática e o estilo das canções.

Qual a importância, e como você vê essas participações no disco?

Quaresma - Acreditamos que estes artistas completam as canções, e, além disso, agregam um valor muito grande a cada uma delas, seja afetivo ou profissional. Dos três, acredito que o mais conhecido de nosso público é o Lirinha, pelo sucesso de seu grupo. Zéu Britto também é bastante conhecido, mas parece ser mais recente sua chegada até nós. Ouvi falar pela primeira vez em Zéu no filme "Meu tio matou um cara" com a divertida "Soraia Queimada". A partir daí procurei material dele e gostei muito. No caso do Isaac, eu sempre tive muita vontade de conhecê-lo, de falar com ele, e tê-lo participando de algum trabalho nosso. Quando terminamos a canção foi o primeiro nome que me veio à cabeça. Fiquei muito feliz quando ele aceitou o convite e mais feliz ainda quando vi o resultado. Poucas pessoas o conhecem pelo nome, mas acredito que todas as pessoas do Brasil que têm televisão em casa conhecem sua voz. Um dos trabalhos mais marcantes foi a dublagem do mutante Wolverine dos X-Men. Sou fã desde os anos 90, mas já ouvia sua voz desde os 80, em desenhos como He-Man, com o Esqueleto.

Como foi o contato com esses artistas? 

Quaresma - O único contato pessoal e presencial foi com o Lirinha. Nos encontramos na última vez em que veio a Teresina, apresentar sua peça Mercadorias e Futuro no ano passado. Já o tinha sido apresentado antes quando ele veio ao Salipi. Nesse reencontro mostramos a música pra ele e fizemos o convite. Ele aceitou no ato. Com Zéu Britto, apesar de ainda não ter trocado uma palavra com ele, tudo correu muito bem. Entrei em contato com sua produtora, apresentando a canção e fazendo o convite. Em poucos dias recebi a resposta afirmativa, dizendo que ele tinha adorado a canção. O Sr. Isaac foi uma surpresa. Entrei em contato com um dos estúdios onde ele trabalha e eles me puseram em contato direto com o homem. Nos falamos muitas vezes por telefone e é sempre uma emoção para mim.
 
Ouvi dizer que Isaac acabou fazendo mais do que pediram, certo?

Quaresma - Na verdade quem fez mais do que esperávamos foi o Lirinha. Tínhamos pensado nele recitando à sua maneira duas estrofes da canção "O Hermeto e o Gullar", mas ele entrou no clima do texto e escreveu mais alguns versos que criam um paralelo com a estória da música. Ficou muito bom. O Lirinha é uma figura, desde os primeiros contatos, sempre muito atencioso e gentil. É uma honra tê-lo em nosso trabalho.

Há mais algo que queira falar sobre o disco? Pode adiantar algo mais?

Quaresma - Tudo se encaminha para que tenhamos um grande disco no mercado. É nossa primeira grande aposta. Estamos confiantes e empenhados nesse novo trabalho. Estamos tão ansiosos quanto o público pra tê-lo nas mãos e ouvi-lo no rádio. É esperar pra ver e ouvir. 

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Bumba Records abre estúdio novo e prepara lançamento do primeiro produto da gravadora


Depois da aquisição do sistema de gravação Pro Tools HD 2 Accel , o Master Studio/Bumba Records anuncia a conclusão do projeto acústico do estúdio. Agora, sem dúvidas, o Master Studio apresenta o que tem de mais moderno na área em todo o Piauí. “Estamos com equipamentos e instalações para competir em pé de igualdade com muitos estúdios nacionais, sugerimos que os artistas venham conhecer nossas novidades antes de pensar em gravar material em outro lugar”, diz o presidente do Master Studio/Bumba Records, Márcio Menezes.

[foto: Mike Soares e Márcio Menezes no novo estúdio]

E o primeiro produto desse novo estúdio está por sair. O novo Cd da banda Validuaté, “Alegria Girar”, promete ser um dos melhores lançamentos dos últimos anos na música piauiense. Além da evolução da banda, seu novo material já foi gravado com esse novo equipamento, o que vem ampliar o resultado em sua qualidade técnica. E mais, esse material está no momento sendo masterizado no Incrível Mundo, do Enrico de Paoli, no Rio de Janeiro. Paoli é um dos mais respeitados profissionais da engenharia musical do país, tendo em seu currículo vários astros do cenário nacional.

Marcio Menezes, do Bumba Records, levou esse material e fica no Rio e São Paulo até o dia 31 de maio. Ele acompanhará o trabalho de Paoli e aproveitará para fazer reuniões de negócios. As reuniões que estão sendo marcadas e tem como parceiros previstos a Tratore, Imúsica, Trama, Sony, entre outros.

Confira abaixo o Setup de equipamentos e algumas fotos das novas instalações

_Sistema Pro Tools HD 2 Accel
_Software Pro Tools HD 8 + pack HD 2 plug-ins TDM
_ Mac Pro Two Quad Core 2.8 /8 GB RAM/02 HD’s (360 GB- 01 TB)
_Interface 96 I/O
_Presonus Digimax LT 
_Console Mackie 32-8
_Monitores Alesis MK II ativo
_Monitores Genelec 8020 A


Sala 1 - Técnica
 
_Preamp valvulado Avalon VT-737SP 
_Preamp valvulado Bellari RP 520 
_Preamp/compressor valvulado Bellari RP 533/STUDIO TUBE MULTI  PROCESSOR
_Compressor valvulado T-1925 Tube Composer
_Preamp valvulado Tube Ultragain
_Power Play Pro-XL HA 4700
_Amplificador Marshall JCM 900 c/ caixa 1960 A
_Bateria Tama Swing Star
_Keyboard Kurzeil KME 61
_Guitarra Gibson Les Paul Custon 1968 (USA)/ Ibanez RG 370/ 02 Jackson Soloist 
_ V-Amp Pro + Samsamp PSA 1+ set variados de pedais multi efeitos
(cry baby-whamy)


MAC e Periféricos
 
_ Microfones: Neuman TLM 103/ AKG C 414 / AUDIX CX 111/ Audio Technica AT 3035 / Kit FUSION AUDIX( F10-F12-F15 ) p/bateria / SHURE SM 57/58
_Fones: Sony V 600-Sennheiser 150- Samson


Difusires Policilíndricos e Bas Traps
 
Adicionais:
 
_Interface DIGI 002 + PC Intel Pentium 4 + 04 HD’s 
_Interface M-BOX 2 + Laptop Intel Core 2 Duo/04 GB RAM  
_Mixer XENYX 1204
_Mics Dylan DH-10/ Audix Micro-D


Detalhes do teto trapezoidal

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Vendas de música no Brasil crescem 6,5% em 2008


Após três anos consecutivos de retração, as vendas no mercado fonográfico brasileiro tiveram aumento de 6,5% nas vendas em 2008 (sem levar em conta a inflação, de 5,9%) segundo levantamento anual divulgado ontem pela Associação Brasileira de Produtores de Discos (ABPD). A movimentação total foi de R$ 359,9 milhões, contra R$ 337 milhões em 2007.

O balanço, assinado pelo presidente da ABPD, Paulo Rosa, aponta que o aumento se deve principalmente à exploração de novos formatos. O mercado de música digital (internet e telefonia móvel) cresceu, em 2008, 79,1% em comparação a 2007. Hoje, as vendas no formato já representam 12% de todo o mercado de música no Brasil.

Rosa destaca também a associação com grandes patrocinadores e mercado publicitário e o licenciamento de música entre os fatores que vêm impulsionando o mercado.

O levantamento traz ainda avaliações das principais gravadoras brasileiras. Marcelo Castello Branco, presidente da EMI, afirma que a gravadora teve 50% de crescimento em 2008. Alexandre Schiavo, da Sony, aponta aumento de 10% nas vendas no ano passado.

Leonardo Ganem, da Som Livre, diz que o barateamento do preço dos CDs, com valores entre R$ 9,90 e R$ 14,90, está entre os fatores que contribuíram para o crescimento



sexta-feira, 17 de abril de 2009

Deputados propõem acordo para aprovar isenção tributária de CDs


Prezados artistas e profissionais - Está dando resultado nossa luta, vamos assinar já! 
0% de impostos para música brasileira -
Clique aqui


A bancada do Amazonas na Câmara apresentou, nesta terça-feira, uma sugestão de acordo para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 98/07, que garante isenção de tributos sobre a produção de CDs e DVDs no País. A PEC tem o apoio dos músicos, sobretudo os independentes, mas sofre resistência dos parlamentares amazonenses, que temem por demissões no polo de CDs instalado na Zona Franca de Manaus. 

O deputado Marcelo Serafim (PSB-AM) detalhou a proposta do acordo durante audiência pública na comissão especial que analisa a PEC. Segundo ele, a isenção valeria para toda a cadeia produtiva dos CDs e DVDs no País inteiro, exceto para a reprodução e a distribuição - que já são feitas hoje em Manaus com uma carga tributária bem inferior à dos demais estados.

"Na Zona Franca de Manaus, paga-se em torno de 4% de imposto. Se for feito um CD em qualquer outro lugar do Brasil, paga-se 40%. É por isso que toda a reprodução de CDs e DVDs é feita em Manaus. Então, queremos manter a indústria e os 20 mil empregos diretos e indiretos na cidade", ressaltou. "Por isso, aceitamos a imunidade tributária em toda a cadeia produtiva dos CDs e DVDs, mas com uma ressalva: que a reprodução e a distribuição tenham imunidade tributária só em Manaus", completou.

Pirataria 
O autor da PEC, deputado Otavio Leite (PSDB-RJ), admitiu estudar a proposta da bancada do Amazonas, mas argumentou que a matéria não tem tanto impacto na Zona Franca de Manaus. Segundo ele, a PEC também visa a reduzir custos de produção e baratear o preço final de CDs e DVDs, além de ajudar a combater a pirataria.

"As músicas hoje são cada vez menos vendidas em CDs e mais por meio de downloads. Vou trabalhar em busca de um denominador comum, mas não abro mão dos ganhos que a proposta dará para a música brasileira", ressaltou.

Felipe Radicetti, representante do Núcleo Independente de Músicos, defendeu a imediata aprovação da PEC. "Como músico independente, não tenho uma gravadora nem a possibilidade de me relacionar com as lojas para distribuir o meu CD. Quando vou produzir a música gravada, tenho que arcar com todas as despesas primárias e secundárias", disse. "Toda a cadeia de impostos, que vai em cascata, recai sobre o artista independente. Por isso, defendo a aprovação imediata da PEC, que vai, de fato, facilitar a retomada do crescimento do setor em todos os elos da cadeia produtiva", acrescentou.

Otimismo 
O presidente do colegiado, deputado Décio Lima (PT-SC), acredita que haverá consenso para a aprovação da PEC: "Estamos bem próximos de oferecer ao Plenário da Câmara uma disposição constitucional que não agrida os interesses do modelo de desenvolvimento da Amazônia e, ao mesmo tempo, dê uma blindagem à produção musical brasileira."

fonte: Agência Câmara

terça-feira, 31 de março de 2009

A música brasileira pede seu apoio: imunidade tributária já!

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Profissionais da música iniciam movimento para que o congresso aprove com rapidez a PEC 98/07 que concede imunidade tributária na produção e na comercialização da música brasileira. Os artistas brasileiros e os profissionais do ramo pedem o comparecimento dos deputados federais no Congresso Nacional no dia primeiro de abril de 2009 para a aprovação da PEC 98/07. A música brasileira agradece. 

A PEC 98/07 visa acabar com o excessivo peso dos impostos e a complicada burocracia associada ao pagamento destes tributos na comercialização da música tanto no formato físico como digital. Como se não bastassem as incoerências tributárias da União, o fisco estadual impõe ao mercado fonográfico o pagamento antecipado do ICMS por substituição tributária cujo recolhimento prévio pode significar a falência de uma empresa de pequeno porte que, por ventura, tenha a “sorte” de ter um sucesso de vendas em seu catálogo de produtos. 

A PEC 98/07 pede imunidade tributária aos fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou lítero-musicais de autores brasileiros, e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais. Os produtos estrangeiros, licenciados de outros países, não receberão o benefício.

No passado, incentivos fiscais contribuíram para que o Brasil se tornasse um dos três países de maior produção de música nativa no mundo, precedido apenas pelos EUA e a Inglaterra. Tais incentivos atraíram investimentos internacionais para a música brasileira e permitiram o desenvolvimento de uma indústria pujante, geradora de centenas de milhares de empregos formando uma cadeia produtiva bem remunerada além de proporcionar aos mais diversos segmentos sociais uma equalização sócio-econômica ímpar, posto que talento não procura berço e que, a despeito do nível social ou acadêmico de seus criadores, a produção de música gravada proporcionou sucesso e ascensão social a uma enorme diversidade de brasileiros. Essa indústria, hoje diversificada com a presença de todas as multinacionais do disco, centenas de gravadoras independentes e milhares de artistas auto produtores vem, desde então, gerando um patrimônio intelectual para o país de inestimável valor e representatividade cultural além de desenvolver um manancial inesgotável de divisas para o Brasil. A música brasileira é a nossa maior e melhor fonte de patentes e vem sendo observada pelo governo, segundo pesquisas do SEBRAE, como estratégica na afirmação qualitativa da “Marca Brasil” e afirmativa da nossa diversidade cultural e da identidade nacional frente à globalização que hoje se consolida em todo o planeta.

Por força de interesses diversos, esses incentivos foram mudando suas características e isenções até que para tentar compensar suas perdas, os fabricantes de discos, já solidamente instalados em Manaus, aproveitaram-se das leis de incentivo da Zona Franca que já os beneficiava na fabricação, para estender suas atividades para as operações logísticas de distribuição, atribuição esta, até então, desenvolvida por cada uma das gravadoras através de todo o País. Tal distorção levou ao desmantelamento de uma rede secular de distribuição fonográfica específica e juntamente com a pirataria, ao fechamento de grande quantidade de pequenas lojas especializadas na venda de discos. O resultado foi uma queda de faturamento da indústria da música, de um bilhão de dólares em 1999 para pouco mais de um quarto desta receita em 2007.

Além do acima relatado, a atribuição de isenções apenas à fabricação e distribuição ao invés da produção de conteúdo, fato gerador do real valor do produto fonográfico, criou uma das maiores distorções tributária do país, duplamente prejudicial à música. Por um lado o pequeno produtor e o artista auto-produtor brasileiro, ao distribuir seu produto, arca com uma carga tributária duas vezes maior que o produto internacional fabricado e distribuído a partir de Manaus. Por outro lado, não é interessante economicamente e de absoluta impossibilidade logística para as oito fábricas/distribuidoras localizadas em Manaus distribuírem toda a diversidade fonográfica fabricada por eles mesmos. 

Assim, houve uma avassaladora concentração de mercado, pois o atendimento das fábricas/distribuidoras ao mercado, que já contou com 4500 pontos de venda, restringe-se hoje às grandes redes de lojas, algumas sem qualquer especialidade fonográfica, como supermercados, e lojas de eletrodomésticos que buscam apenas produtos de giro rápido, além de sítios virtuais na Internet que vendem de máquinas de lavar a camisinhas, deixando à margem do mercado a produção experimental e evolutiva, que no passado consolidou gênios como, Caetano Veloso, João Gilberto, Gilberto Gil, Djavan, Tom Zé, Chico Buarque, entre tantos outros.

A imunidade tributária é de extrema importância neste momento difícil de recursos escassos, baixo consumo, e principalmente ao combate a pirataria física e digital. Com certeza a imunidade tributária na produção de música no Brasil poderá dar um fôlego tanto para as empresas nacionais como as internacionais instaladas no país, no que diz respeito ao investimento na música brasileira.

Esta luta pela imunidade tributária foi iniciada em 2007 durante a Festa da Música em Canela (RS), usando por base a lei constitucional de imunidade tributária do mercado livreiro - uma vez que a música é igualmente uma formadora didática de informação de massa. É preciso lembrar que quando foi concedida imunidade semelhante para o livro em 1948, o trôpego mercado editorial brasileiro não só se recompôs como experimentou um boom que dura até hoje. E música é sem dúvida o maior patrimônio cultural deste país. Outro aspecto a ser considerado é que a cadeia produtiva da música emprega mão de obra numerosa e de qualidade, compositores, músicos, produtores, técnicos, designers, marketing, etc. E nesses últimos dez anos por inúmeros motivos foram perdidos mais de 45 mil postos de trabalho no mercado musical brasileiro. Nesta questão é preciso salientar que com o aquecimento do mercado através desta imunidade a indústria poderá voltar a contratar, gerando cada vez mais postos de trabalho e renda a estes profissionais.

O mercado estima que, com a imunidade tributária, os CDs e DVDs poderão ficar cerca de 30% mais baratos nos pontos de venda. Além disso, a lei contempla também o comércio de música digital, que poderá a partir daí se estabelecer de fato, revitalizando a produção e proporcionando maior acesso da população a nossa música.

A PEC 98/07 está em tramitação na Câmara dos Deputados em Brasília, e será votada em plenário dia primeiro de abril, para depois, ser encaminhada ao Senado.

A imunidade tributária pleiteada pela PEC 98/07, conhecida como a PEC da Música, de autoria do Deputado Otávio Leite (PSDB/RJ), tendo como co-autores um colegiado pluri partidário, formado pelos seguintes parlamentares; Deputado José Mucio Monteiro (PTB/PE), Deputado Ciro Gomes (PSB/CE), Deputado Átila Lira (PSB/PI), Deputado Zenaldo Coutinho (PSDB/PA), Deputado Flávio Dino (PCdoB/MA), Deputado Nelson Trad (PMDB/MS), Deputado José Eduardo Cardozo (PT/SP), Deputado José Otávio Germano (PP/RS), Deputado Fernando Coruja (PPS/SC), Deputado Marcos Montes (DEM/MG), Deputado Albano Franco (PSDB/SE), Deputado Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), Deputado Walter Pinheiro (PT/BA), Deputado Luiz Bittencourt (PMDB/GO), foi formulada por estes representantes eleitos em consonância com a indústria fonográfica brasileira observando o cuidado de não desestabilizar o status atual dos fabricantes, fornecedores e parceiros da Música do Brasil, que investiram na Zona Franca de Manaus e que hoje, com o desenvolvimento logístico por eles implementados em seus negócios, distribuem além de discos contendo fonogramas e vídeo fonogramas (CDs, DVDs e Blu-Rays), toda sorte de produtos provenientes de injeção de matéria plástica inclusive os famigerados discos virgens base da pirataria eletrônica que assola o país e que, interessantemente, demonstrou desempenho inversamente proporcional ao do disco gravado com conteúdo cultural, pois este caiu de uma produção de 200 milhões de peças ano para meros 80 milhões sendo que em pouco mais de dois anos a produção de mídia virgem no país cresceu de 13 milhões para 180 milhões de discos ano não estando contemplada pela

PEC da Música e, por conseguinte não abalando as estruturas de tais fábricas. Notável é ainda o fato de que DVDs de filmes e séries televisivas, mídias contendo softwares, discos de artistas internacionais, não serão afetados por tal imunidade e continuarão se beneficiando das isenções obtidas pela distribuição a partir de Manaus.

Lamentavelmente, a única oposição a esse projeto tem sido até agora demonstrada pelos representantes do Amazonas que insistem no monopólio da Zona Franca de Manaus para as isenções tributárias deferidas pelo Governo Brasileiro e isso doa a quem doer. Assim, os milhões de representantes da música em todo o Brasil esperam que os motivos acima relatados sejam suficientes para uni-los à causa maior da música brasileira uma vez que este Estado tem na Festa de Parintins uma das mais preciosas representações culturais daquela região sendo música a base desta importante manifestação de identidade do povo amazonense.

Estúdios de gravação estão fechando suas portas, músicos especializados em gravações são cada vez mais raros, lojas de discos mudaram de ramo, profissionais da Indústria estão desempregados, a produção brasileira de conteúdo musical tem encontrado em grandes autores o desânimo de produzir sem uma justa remuneração, artistas de renome mundial trabalham seus discos hoje de forma independente e se vêem reféns de um sistema de radiodifusão corrupto e distorcido, camelôs tomam lugar de comerciantes pagadores de impostos, formadores de profissionais e contribuintes da previdência social, meios de comunicação e mídia irresponsavelmente vaticinam o fim de uma mídia que conta no Brasil com 700 milhões de aparelhos aptos a reproduzir a mais nobre das artes brasileiras e que é o maior motivo do orgulho nacional, segundo pesquisa da empresa de marketing Ogilvy.

Em suma, a música brasileira pediu socorro e uma enorme quantidade de parlamentares, cientes de sua importância e representatividade para a nação, estão se empenhando por sua aprovação tendo ela passado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e que irá, no dia primeiro de Abril próximo, à votação do relatório da Comissão Especial da Câmara, presidida pelo ilustre Deputado Décio Lima (PT/SC) e relatada pelo representante de um dos Estados mais musicais da União o Deputado José Otávio Germano (PP/RS). Este é o próximo passo para que a PEC da Música possa ir a plenário ser apreciada por todos os representantes do País no Congresso Nacional e em seguida no Senado.

A classe musical está sendo representada pelo presidente da ABMI Roberto de Carvalho (Robdigital), o ex-presidente da entidade Carlos de Andrade (Visom Digital), o jornalista Fernando Vieira da Festa da Música - RS, pelo presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) Paulo Rosa, pelo o Autor da PEC 98/07 (PEC da Música), como ficou denominada, o Deputado Otávio Leite PSDB/RJ, o Relator da PEC Dep. José Otávio Germano PP/RS e o Presidente da Comissão Especial que julga a PEC na Câmara Dep. Décio Lima PT /SC.

QUEM SE BENEFICIA

Gravadoras de todos os tamanhos, editoras, sociedades de arrecadadoras, produtores de conteúdo, de suportes e distribuidores de conteúdo (CDs, DVDs, telefonia celular, Internet, rádios e TVs), Intérpretes, autores e músicos, lojistas, atacadistas, integradores, provedores, estúdios de gravação, fábricas de CDs e DVDS, e toda a cadeia produtiva da música gravada. E principalmente o consumidor final.

POSIÇÃO DA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA ATUAL:

Nos últimos 10 anos a Indústria Fonográfica Brasileira teve seu faturamento reduzido de um Bilhão de dólares anuais para menos de 300 Milhões de Reais. Vítima da prática infame da pirataria esta Indústria perdeu, além de significante faturamento, mais de 45.000 postos de trabalho formal em um setor cuja mínima retribuição salarial é de dois mínimos. Note que os impostos previdenciários não estão nesta imunização e nosso objetivo é recuperar esses cargos com as ações abaixo descritas. Além disso, o imposto arrecadado por esta decrescente Indústria representava em 2006 apenas 0,02% da arrecadação bruta da União e sua derrocada em nada acrescentará ao País que detém o segundo lugar na produção mundial de música nativa, sendo 75% do mercado gerado pela produção de música brasileira.

O QUE REPRESENTA A MÚSICA PARA O PAÍS

A música brasileira é a nossa maior e melhor fonte de patentes e vem sendo observada pelo Governo, segundo pesquisas do SEBRAE, como estratégica na afirmação qualitativa da “Marca Brasil” e afirmativa da nossa diversidade cultural e da identidade nacional frente à globalização que hoje se consolida em todo o planeta.

A música tem sua base econômica na propriedade intelectual e o direito autoral e fonográfico são patentes de grande valor para a geração de divisas da União. Na década de 70 o grupo ABBA rendeu mais divisas à Suécia que as fábricas Volvo e Scania juntas.

Os Países de “Terceiro Mundo” vivem do que plantam, os “Desenvolvidos” do que produzem, mas o verdadeiro “Primeiro Mundo” vive do que pensa e suas patentes são a forma de remuneração por sua inteligência sócio-econômica. As Indústrias criativas (Música, Cinema e Literatura) representam 8% do PIB mundial.

NO QUE A IMUNIDADE BENEFICIARIA A MÚSICA BRASILEIRA

As isenções tributárias fomentam Indústrias de modo definitivo. Exemplos como as recentes isenções da Indústria de Informática que vem multiplicando a inclusão digital em nosso País. O efeito da redução do IPI na recuperação das vendas e a manutenção dos empregos na indústria automobilística. A imunidade tributária do livro, fez decuplicar a Indústria editorial bem como livrarias cada vez mais sofisticadas e oferecendo produtos de maior qualidade. E a própria Zona Franca de Manaus que permitiu o desenvolvimento de tecnologia fabril em uma região de difícil acesso, logística inadequada, clima inóspito e despreparo profissional transformando-a numa das regiões mais prósperas do País.

Com o desaparecimento das lojas de discos ou a troca do seu foco para livrarias e supermercados o produto fonográfico, o mais representativo da cultura nacional, é hoje coadjuvante entre publicações e produtos secundários. 

A imunidade busca a recapilarização da distribuição fonográfica, a prática da consignação, hoje impossível pela exigência dos tributos antecipadamente às vendas, o preço de capa nos discos e, evidentemente, a diminuição dos valores do produto fonográfico para seus consumidores que, dada a assimetria fiscal existente no País, pode oscilar entre 15% e 30% na comercialização dos discos e chegar a 40% nos fonogramas comercializados por telefônicas ou empresas de Internet.

Todas essas ações fomentariam determinantemente o setor trazendo de volta uma quantidade de empregos formais e de qualidade remunerativa (músicos, vendedores, maestros, técnicos de som, produtores, etc.).

Além disso, faltam recursos para Governo em combater a prática infame da Pirataria Fonográfica, esta Indústria teria ao menos sua equiparação, por justiça, uma vez que a Pirataria não só está isenta destes impostos, por se tratar de crime, como em nada contribui com o desenvolvimento social ou mesmo dos produtos fonográficos, muito pelo contrário, pois estes estão deixando de ser produzidos no Brasil dando lugar a produções estrangeiras que vem para o país com seus custos pagos pelas matrizes internacionais.

COMO FICA O BRASIL NESSA LUTA

A Indústria do entretenimento, onde a música é sua arte maior, é vista como uma das mais progressistas, equalizadoras sociais, vistos os exemplos acima descritos, assim defender uma emenda como esta trará foco a essa indústria e, com certeza, grande desenvolvimento para todos, mais produção musical, mais postos de trabalho, mais consumo e mais repercussão internacional.

Lembre-se que Luiz Gonzaga e Heitor Villa-Lobos têm a mesma importância cultural para o país tendo vindo de camadas sociais e com bases educacionais opostas, sendo o elemento equalizador destas duas diferentes realidades a música.

“TODA ARTE ASPIRA SER MÚSICA”. Sófocles

VAMOS À LUTA PARA APROVAÇÃO DA PEC 98/07!

Data: Dia primeiro de abril de 2009

Maiores informações:

ABMI - Associação Brasileira da Música Independente

Executivo - José Celso Guida - abmi@abmi.com.br 

Telefone: 11 3063-1676

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