terça-feira, 31 de março de 2009

A música brasileira pede seu apoio: imunidade tributária já!

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Profissionais da música iniciam movimento para que o congresso aprove com rapidez a PEC 98/07 que concede imunidade tributária na produção e na comercialização da música brasileira. Os artistas brasileiros e os profissionais do ramo pedem o comparecimento dos deputados federais no Congresso Nacional no dia primeiro de abril de 2009 para a aprovação da PEC 98/07. A música brasileira agradece. 

A PEC 98/07 visa acabar com o excessivo peso dos impostos e a complicada burocracia associada ao pagamento destes tributos na comercialização da música tanto no formato físico como digital. Como se não bastassem as incoerências tributárias da União, o fisco estadual impõe ao mercado fonográfico o pagamento antecipado do ICMS por substituição tributária cujo recolhimento prévio pode significar a falência de uma empresa de pequeno porte que, por ventura, tenha a “sorte” de ter um sucesso de vendas em seu catálogo de produtos. 

A PEC 98/07 pede imunidade tributária aos fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil, contendo obras musicais ou lítero-musicais de autores brasileiros, e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros, bem como os suportes materiais ou arquivos digitais. Os produtos estrangeiros, licenciados de outros países, não receberão o benefício.

No passado, incentivos fiscais contribuíram para que o Brasil se tornasse um dos três países de maior produção de música nativa no mundo, precedido apenas pelos EUA e a Inglaterra. Tais incentivos atraíram investimentos internacionais para a música brasileira e permitiram o desenvolvimento de uma indústria pujante, geradora de centenas de milhares de empregos formando uma cadeia produtiva bem remunerada além de proporcionar aos mais diversos segmentos sociais uma equalização sócio-econômica ímpar, posto que talento não procura berço e que, a despeito do nível social ou acadêmico de seus criadores, a produção de música gravada proporcionou sucesso e ascensão social a uma enorme diversidade de brasileiros. Essa indústria, hoje diversificada com a presença de todas as multinacionais do disco, centenas de gravadoras independentes e milhares de artistas auto produtores vem, desde então, gerando um patrimônio intelectual para o país de inestimável valor e representatividade cultural além de desenvolver um manancial inesgotável de divisas para o Brasil. A música brasileira é a nossa maior e melhor fonte de patentes e vem sendo observada pelo governo, segundo pesquisas do SEBRAE, como estratégica na afirmação qualitativa da “Marca Brasil” e afirmativa da nossa diversidade cultural e da identidade nacional frente à globalização que hoje se consolida em todo o planeta.

Por força de interesses diversos, esses incentivos foram mudando suas características e isenções até que para tentar compensar suas perdas, os fabricantes de discos, já solidamente instalados em Manaus, aproveitaram-se das leis de incentivo da Zona Franca que já os beneficiava na fabricação, para estender suas atividades para as operações logísticas de distribuição, atribuição esta, até então, desenvolvida por cada uma das gravadoras através de todo o País. Tal distorção levou ao desmantelamento de uma rede secular de distribuição fonográfica específica e juntamente com a pirataria, ao fechamento de grande quantidade de pequenas lojas especializadas na venda de discos. O resultado foi uma queda de faturamento da indústria da música, de um bilhão de dólares em 1999 para pouco mais de um quarto desta receita em 2007.

Além do acima relatado, a atribuição de isenções apenas à fabricação e distribuição ao invés da produção de conteúdo, fato gerador do real valor do produto fonográfico, criou uma das maiores distorções tributária do país, duplamente prejudicial à música. Por um lado o pequeno produtor e o artista auto-produtor brasileiro, ao distribuir seu produto, arca com uma carga tributária duas vezes maior que o produto internacional fabricado e distribuído a partir de Manaus. Por outro lado, não é interessante economicamente e de absoluta impossibilidade logística para as oito fábricas/distribuidoras localizadas em Manaus distribuírem toda a diversidade fonográfica fabricada por eles mesmos. 

Assim, houve uma avassaladora concentração de mercado, pois o atendimento das fábricas/distribuidoras ao mercado, que já contou com 4500 pontos de venda, restringe-se hoje às grandes redes de lojas, algumas sem qualquer especialidade fonográfica, como supermercados, e lojas de eletrodomésticos que buscam apenas produtos de giro rápido, além de sítios virtuais na Internet que vendem de máquinas de lavar a camisinhas, deixando à margem do mercado a produção experimental e evolutiva, que no passado consolidou gênios como, Caetano Veloso, João Gilberto, Gilberto Gil, Djavan, Tom Zé, Chico Buarque, entre tantos outros.

A imunidade tributária é de extrema importância neste momento difícil de recursos escassos, baixo consumo, e principalmente ao combate a pirataria física e digital. Com certeza a imunidade tributária na produção de música no Brasil poderá dar um fôlego tanto para as empresas nacionais como as internacionais instaladas no país, no que diz respeito ao investimento na música brasileira.

Esta luta pela imunidade tributária foi iniciada em 2007 durante a Festa da Música em Canela (RS), usando por base a lei constitucional de imunidade tributária do mercado livreiro - uma vez que a música é igualmente uma formadora didática de informação de massa. É preciso lembrar que quando foi concedida imunidade semelhante para o livro em 1948, o trôpego mercado editorial brasileiro não só se recompôs como experimentou um boom que dura até hoje. E música é sem dúvida o maior patrimônio cultural deste país. Outro aspecto a ser considerado é que a cadeia produtiva da música emprega mão de obra numerosa e de qualidade, compositores, músicos, produtores, técnicos, designers, marketing, etc. E nesses últimos dez anos por inúmeros motivos foram perdidos mais de 45 mil postos de trabalho no mercado musical brasileiro. Nesta questão é preciso salientar que com o aquecimento do mercado através desta imunidade a indústria poderá voltar a contratar, gerando cada vez mais postos de trabalho e renda a estes profissionais.

O mercado estima que, com a imunidade tributária, os CDs e DVDs poderão ficar cerca de 30% mais baratos nos pontos de venda. Além disso, a lei contempla também o comércio de música digital, que poderá a partir daí se estabelecer de fato, revitalizando a produção e proporcionando maior acesso da população a nossa música.

A PEC 98/07 está em tramitação na Câmara dos Deputados em Brasília, e será votada em plenário dia primeiro de abril, para depois, ser encaminhada ao Senado.

A imunidade tributária pleiteada pela PEC 98/07, conhecida como a PEC da Música, de autoria do Deputado Otávio Leite (PSDB/RJ), tendo como co-autores um colegiado pluri partidário, formado pelos seguintes parlamentares; Deputado José Mucio Monteiro (PTB/PE), Deputado Ciro Gomes (PSB/CE), Deputado Átila Lira (PSB/PI), Deputado Zenaldo Coutinho (PSDB/PA), Deputado Flávio Dino (PCdoB/MA), Deputado Nelson Trad (PMDB/MS), Deputado José Eduardo Cardozo (PT/SP), Deputado José Otávio Germano (PP/RS), Deputado Fernando Coruja (PPS/SC), Deputado Marcos Montes (DEM/MG), Deputado Albano Franco (PSDB/SE), Deputado Rodrigo Rollemberg (PSB/DF), Deputado Walter Pinheiro (PT/BA), Deputado Luiz Bittencourt (PMDB/GO), foi formulada por estes representantes eleitos em consonância com a indústria fonográfica brasileira observando o cuidado de não desestabilizar o status atual dos fabricantes, fornecedores e parceiros da Música do Brasil, que investiram na Zona Franca de Manaus e que hoje, com o desenvolvimento logístico por eles implementados em seus negócios, distribuem além de discos contendo fonogramas e vídeo fonogramas (CDs, DVDs e Blu-Rays), toda sorte de produtos provenientes de injeção de matéria plástica inclusive os famigerados discos virgens base da pirataria eletrônica que assola o país e que, interessantemente, demonstrou desempenho inversamente proporcional ao do disco gravado com conteúdo cultural, pois este caiu de uma produção de 200 milhões de peças ano para meros 80 milhões sendo que em pouco mais de dois anos a produção de mídia virgem no país cresceu de 13 milhões para 180 milhões de discos ano não estando contemplada pela

PEC da Música e, por conseguinte não abalando as estruturas de tais fábricas. Notável é ainda o fato de que DVDs de filmes e séries televisivas, mídias contendo softwares, discos de artistas internacionais, não serão afetados por tal imunidade e continuarão se beneficiando das isenções obtidas pela distribuição a partir de Manaus.

Lamentavelmente, a única oposição a esse projeto tem sido até agora demonstrada pelos representantes do Amazonas que insistem no monopólio da Zona Franca de Manaus para as isenções tributárias deferidas pelo Governo Brasileiro e isso doa a quem doer. Assim, os milhões de representantes da música em todo o Brasil esperam que os motivos acima relatados sejam suficientes para uni-los à causa maior da música brasileira uma vez que este Estado tem na Festa de Parintins uma das mais preciosas representações culturais daquela região sendo música a base desta importante manifestação de identidade do povo amazonense.

Estúdios de gravação estão fechando suas portas, músicos especializados em gravações são cada vez mais raros, lojas de discos mudaram de ramo, profissionais da Indústria estão desempregados, a produção brasileira de conteúdo musical tem encontrado em grandes autores o desânimo de produzir sem uma justa remuneração, artistas de renome mundial trabalham seus discos hoje de forma independente e se vêem reféns de um sistema de radiodifusão corrupto e distorcido, camelôs tomam lugar de comerciantes pagadores de impostos, formadores de profissionais e contribuintes da previdência social, meios de comunicação e mídia irresponsavelmente vaticinam o fim de uma mídia que conta no Brasil com 700 milhões de aparelhos aptos a reproduzir a mais nobre das artes brasileiras e que é o maior motivo do orgulho nacional, segundo pesquisa da empresa de marketing Ogilvy.

Em suma, a música brasileira pediu socorro e uma enorme quantidade de parlamentares, cientes de sua importância e representatividade para a nação, estão se empenhando por sua aprovação tendo ela passado pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e que irá, no dia primeiro de Abril próximo, à votação do relatório da Comissão Especial da Câmara, presidida pelo ilustre Deputado Décio Lima (PT/SC) e relatada pelo representante de um dos Estados mais musicais da União o Deputado José Otávio Germano (PP/RS). Este é o próximo passo para que a PEC da Música possa ir a plenário ser apreciada por todos os representantes do País no Congresso Nacional e em seguida no Senado.

A classe musical está sendo representada pelo presidente da ABMI Roberto de Carvalho (Robdigital), o ex-presidente da entidade Carlos de Andrade (Visom Digital), o jornalista Fernando Vieira da Festa da Música - RS, pelo presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos) Paulo Rosa, pelo o Autor da PEC 98/07 (PEC da Música), como ficou denominada, o Deputado Otávio Leite PSDB/RJ, o Relator da PEC Dep. José Otávio Germano PP/RS e o Presidente da Comissão Especial que julga a PEC na Câmara Dep. Décio Lima PT /SC.

QUEM SE BENEFICIA

Gravadoras de todos os tamanhos, editoras, sociedades de arrecadadoras, produtores de conteúdo, de suportes e distribuidores de conteúdo (CDs, DVDs, telefonia celular, Internet, rádios e TVs), Intérpretes, autores e músicos, lojistas, atacadistas, integradores, provedores, estúdios de gravação, fábricas de CDs e DVDS, e toda a cadeia produtiva da música gravada. E principalmente o consumidor final.

POSIÇÃO DA INDÚSTRIA FONOGRÁFICA ATUAL:

Nos últimos 10 anos a Indústria Fonográfica Brasileira teve seu faturamento reduzido de um Bilhão de dólares anuais para menos de 300 Milhões de Reais. Vítima da prática infame da pirataria esta Indústria perdeu, além de significante faturamento, mais de 45.000 postos de trabalho formal em um setor cuja mínima retribuição salarial é de dois mínimos. Note que os impostos previdenciários não estão nesta imunização e nosso objetivo é recuperar esses cargos com as ações abaixo descritas. Além disso, o imposto arrecadado por esta decrescente Indústria representava em 2006 apenas 0,02% da arrecadação bruta da União e sua derrocada em nada acrescentará ao País que detém o segundo lugar na produção mundial de música nativa, sendo 75% do mercado gerado pela produção de música brasileira.

O QUE REPRESENTA A MÚSICA PARA O PAÍS

A música brasileira é a nossa maior e melhor fonte de patentes e vem sendo observada pelo Governo, segundo pesquisas do SEBRAE, como estratégica na afirmação qualitativa da “Marca Brasil” e afirmativa da nossa diversidade cultural e da identidade nacional frente à globalização que hoje se consolida em todo o planeta.

A música tem sua base econômica na propriedade intelectual e o direito autoral e fonográfico são patentes de grande valor para a geração de divisas da União. Na década de 70 o grupo ABBA rendeu mais divisas à Suécia que as fábricas Volvo e Scania juntas.

Os Países de “Terceiro Mundo” vivem do que plantam, os “Desenvolvidos” do que produzem, mas o verdadeiro “Primeiro Mundo” vive do que pensa e suas patentes são a forma de remuneração por sua inteligência sócio-econômica. As Indústrias criativas (Música, Cinema e Literatura) representam 8% do PIB mundial.

NO QUE A IMUNIDADE BENEFICIARIA A MÚSICA BRASILEIRA

As isenções tributárias fomentam Indústrias de modo definitivo. Exemplos como as recentes isenções da Indústria de Informática que vem multiplicando a inclusão digital em nosso País. O efeito da redução do IPI na recuperação das vendas e a manutenção dos empregos na indústria automobilística. A imunidade tributária do livro, fez decuplicar a Indústria editorial bem como livrarias cada vez mais sofisticadas e oferecendo produtos de maior qualidade. E a própria Zona Franca de Manaus que permitiu o desenvolvimento de tecnologia fabril em uma região de difícil acesso, logística inadequada, clima inóspito e despreparo profissional transformando-a numa das regiões mais prósperas do País.

Com o desaparecimento das lojas de discos ou a troca do seu foco para livrarias e supermercados o produto fonográfico, o mais representativo da cultura nacional, é hoje coadjuvante entre publicações e produtos secundários. 

A imunidade busca a recapilarização da distribuição fonográfica, a prática da consignação, hoje impossível pela exigência dos tributos antecipadamente às vendas, o preço de capa nos discos e, evidentemente, a diminuição dos valores do produto fonográfico para seus consumidores que, dada a assimetria fiscal existente no País, pode oscilar entre 15% e 30% na comercialização dos discos e chegar a 40% nos fonogramas comercializados por telefônicas ou empresas de Internet.

Todas essas ações fomentariam determinantemente o setor trazendo de volta uma quantidade de empregos formais e de qualidade remunerativa (músicos, vendedores, maestros, técnicos de som, produtores, etc.).

Além disso, faltam recursos para Governo em combater a prática infame da Pirataria Fonográfica, esta Indústria teria ao menos sua equiparação, por justiça, uma vez que a Pirataria não só está isenta destes impostos, por se tratar de crime, como em nada contribui com o desenvolvimento social ou mesmo dos produtos fonográficos, muito pelo contrário, pois estes estão deixando de ser produzidos no Brasil dando lugar a produções estrangeiras que vem para o país com seus custos pagos pelas matrizes internacionais.

COMO FICA O BRASIL NESSA LUTA

A Indústria do entretenimento, onde a música é sua arte maior, é vista como uma das mais progressistas, equalizadoras sociais, vistos os exemplos acima descritos, assim defender uma emenda como esta trará foco a essa indústria e, com certeza, grande desenvolvimento para todos, mais produção musical, mais postos de trabalho, mais consumo e mais repercussão internacional.

Lembre-se que Luiz Gonzaga e Heitor Villa-Lobos têm a mesma importância cultural para o país tendo vindo de camadas sociais e com bases educacionais opostas, sendo o elemento equalizador destas duas diferentes realidades a música.

“TODA ARTE ASPIRA SER MÚSICA”. Sófocles

VAMOS À LUTA PARA APROVAÇÃO DA PEC 98/07!

Data: Dia primeiro de abril de 2009

Maiores informações:

ABMI - Associação Brasileira da Música Independente

Executivo - José Celso Guida - abmi@abmi.com.br 

Telefone: 11 3063-1676

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terça-feira, 24 de março de 2009

Governo abre Lei Rouanet para consulta pública


O governo federal abriu segunda-feira (23) para consulta pública a proposta de mudança na Lei Rouanet - que incentiva produções culturais. O objetivo é diversificar o investimento no setor e beneficiar todas as regiões do país. 

O ministério fez um retrato do acesso à cultura no Brasil e descobriu que 90% das cidades não têm cinema, teatro ou museus, que só 14% dos brasileiros vão ao cinema e que 93% nunca foram a uma exposição de arte. 
 
Uma das propostas do ministério é criar o vale cultura, no valor de R$ 50,00 por mês, que as empresas distribuiriam aos empregados nos moldes do vale refeição. Com esse dinheiro, o trabalhador poderia, por exemplo, comprar um livro, ingressos de cinema ou teatro e a empresa poderia deduzir uma parte do valor dos impostos que têm a pagar.

A trabalhadora autônoma Tamires da Silva diz que “cultura, livro, fica sempre em último lugar”. E acredita que “se o governo investisse nisso, acho que seria uma ajuda boa”. 

O ministério também quer distribuir os recursos de forma mais equilibrada. Hoje, os projetos do Sul e do Sudeste ficam com 80% da verba captada. As outras regiões com o restante. E 3% três dos projetos concentram metade dos recursos.
 
Pela Lei Rouanet, as empresas financiam os projetos e pagam menos Imposto de Renda. Uma comissão vai definir que tipo de projeto tem direito a cada faixa de isenção por meio da lei Rouanet, as empresas financiam os projetos culturais em troca de isenção fiscal - pagam menos imposto de renda. Hoje existem duas faixas de isenção. Pela proposta, seriam criadas mais quatro faixas. Uma comissão vai definir que tipo de projeto tem direito a cada faixa de isenção. 

O governo também quer ampliar os recursos do Fundo Nacional de Cultura, para estimular a produção cultural. Comitês gestores definiriam quais projetos serão patrocinados. Mas o governo ainda não detalhou como será feita a captação de recursos. 

“Nós vamos ter, por um lado, um estímulo à produção e por outro lado um benefício para o trabalhador, estimulando o consumo cultural”, disse o ministro da Cultura, Juca Ferreira. 

Artistas e produtores culturais vêem com preocupação a proposta e querem mais debate sobre as mudanças. ”A gente tem um temor pelo dirigismo cultural. Há uma promessa do ministro Juca que isso não vai acontecer. A grande preocupação é que essas comissões atendam a apelo políticos, indicações politicas... E nós não queremos isso. Queremos que todos os produtores culturais tenham acesso”, disse Eduardo Barata, presidente da Associação dos Produtores de Teatro. 

“Eu acredito que num país democrático é o melhor momento pra discutir e rediscutir todos os assuntos que são importantes para o desenvolvimento do nosso país”, disse a atriz Marília Pêra.

*fonte: G1, com informações do Jornal Nacional

segunda-feira, 23 de março de 2009

Festival de Música da Chapada do Corisco abre inscrições


Aquela composição feita com um grupo de amigos que sempre achou que tinha potencial para se tornar um sucesso agora poderá ser interpretada e ainda abrir portas para o mercado fonográfico. Isso com um empurrãozinho de um festival que vem descobrindo grandes talentos da música teresinense, o Festival de Música da Chapada do Corisco - o Chapadão, que chega na sua 15ª edição com algumas novidades. As inscrições iniciam nesta segunda-feira, dia 23, e o evento acontece durante todo o mês de maio.

O Festival de Música da Chapada do Corisco – Chapadão- é realizado pela Prefeitura de Teresina, através da Fundação Municipal de Cultura Monsenhor Chaves, e tem como objetivo estimular a produção artístico-cultural em nossa cidade, integrando instrumentistas, cantores, poetas, grupos, entre outros, principalmente estudantes da rede pública de ensino, em um evento de relevante valor. Além disso, o evento visa dar oportunidade aos artistas de divulgar seus trabalhos inéditos, valorizando a técnica e a estética.

Nesta edição, o festival vem com algumas novidades. Segundo o regulamento, já disponível no site da FMCMC [www.fcmc.pi.gov.br], a participação na se limita a músicos que residem em Teresina ou apenas estudantes. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas na sede da Fundação Monsenhor Chaves, localizada na Rua Elizeu Martins, 1426, no Centro, endereçado à Divisão de Música.

Os interessados podem fazer as inscrições entre os dias 23 de março a 24 de abril. Cada concorrente poder inscrever-se apenas com duas músicas inéditas, não gravadas comercialmente, que não tenham participado de outro festival nem divulgada em meio de comunicação até o ato de inscrição. O candidato deve apresentar envelope contendo a gravação da música em CD para análise preliminar; três cópias da letra da música digitada; se instrumental, três cópias da partitura da canção.

Neste ano, o evento terá três categorias: a “Estudante”, direcionada a estudantes de Ensino Fundamental e Médio da rede pública e privada de Teresina ou qualquer outro município do país; “Categoria Não Estudante”, direcionada aos artistas não estudantes; “Categoria Instrumental Amador”, voltada aos instrumentistas amadores -sem CD gravado- que interpretem obra de compositor piauiense; e a “Categoria Instrumental Profissional”, que envolve instrumentistas profissionais -com CD gravado- que interpretem música própria.

Neste ano, a premiação na categoria “Estudante” será de R$ 1 mil para o primeiro colocado, enquanto o segundo ficará com R$ 800, e o terceiro com R$ 600. A premiação para Melhor Intérprete será de R$ 300. Na categoria “Não Estudante”, o prêmio para o primeiro lugar será de R$ 2 mil, já para o segundo colocado e terceiro será de R$ 1,5 mil e R$ 1 mil, respectivamente. O Melhor Intérprete ganha R$ 500. 

Na categoria “Instrumental Amador” o prêmio é de R$ 1 mil para o primeiro colocado, enquanto o segundo fatura R$ 800 e o terceiro R$ 500. Na instrumental Profissional, o prêmio é de R$ 2 mil para a melhor composição, R$ 1,500 mil para a segunda e R$ 300 para o melhor arranjo.

Feira da Música de Fortaleza: Inscrições de bandas prorrogadas até 03 de abril


As bandas que quiserem participar da programação da Feira da Música 2009 terão mais duas semanas para fazer a inscrição. O prazo foi prorrogado até o dia 03 de abril. Os formulários e a documentação necessária podem ser  encontrados no site da Feira devem ser enviados via correio ou entregues no endereço da Midiamix, produtora associada ao evento.  Esse ano, a Feira acontece de 19 a 22 de agosto. Também estão abertas as inscrições de propostas para palestra, seminários, oficinas e outras atividades para compor a programação da Feira.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Inscrições para Feira da Música de Fortaleza 2009 encerram dia 20


As inscrições para a participação de bandas na Feira da Música 2009, que acontece de 19 a 22 de agosto, estão abertas até o dia 20 de março (sexta-feira). Os interessados devem enviar o material solicitado (confira aqui) para a Prodisc, na rua Engenheiro Plácido Coelho Júnior, 180, Vicente Pizon - Fortaleza - Ceará, Cep. 60175-635. Outras informações pelo telefone (85) 3262-5011 ou pelo email secretaria@feiramusica.com.br A Feira da Música reúne um grande número de shows musicais de vários gêneros, além de oficinas, workshops, debates, palestras, exposições etc. Músicos do Brasil e exterior, podem participar.

As bandas interessadas devem enviar até o fim da semana a ficha de inscrição com todos os itens preenchidos; um CD com no mínimo três músicas gravadas; ficha técnica contendo o número de músicos e instrumentos necessários; foto de divulgação e um release (texto de apresentação) do grupo. É permitida a participação de todo e qualquer artista musical ou performático, bem como bandas de qualquer gênero, grupos sociais, cantor solo, desde que desenvolvam trabalhos entre os mais diversos gêneros musicais.

Programação
Interessados em compor a programação ministrando oficinas, workshops, debates, etc, devem enviar uma proposta detalhando o projeto As inscrições para essas atividades continuarão abertas após o dia 20.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Validuaté é destaque em programa de rádio em Brasília


Mais uma banda piauiense é destaque no programa de rádio  “FMI nas Ondas do Rádio”, apresentado por Gustavo Vasconcellos, também diretor geral da GRV Produções e parceiro do Bumba Records. O programa, veiculado na FM Cultura 100,9 de Brasília teve, na segunda-feira (9), o grupo Validuaté como destaque. Vasconcelos mais um vez exaltou a produção musical do Piauí, especialmente da Validuaté. A banda, que teve bom resultado com seu disco de estréia, já está perto de finalizar seu segundo disco - que está sendo produzido no Master Studio/Bumba Records.

No mais, a rádio que transmite seu programa tem um interessante site de música: Movimento Calango (clique aqui e confira essa dica). O programa "FMI nas Ondas do Rádio" é veiculado toda segunda, sempre às 21h00h, na Rádio Cultura FM de Brasília. 


[Zé Quaresma ladeado por Mike Soares (engenheiro de música) e Márcio Menezes (presidente do selo)]

[Quaresma gravando voz para o novo disco "Alegria Girar"]

Master Studio/Bumba Records recebe equipamentos e inaugura novo estúdio


Com a  aquisição do sistema de gravação Pro Tools HD 2 Accel , o Master Studio/Bumba Records, passa a oferecer ao artistas e produtores musicais, a melhor plataforma de gravação digital da atualidade. A primeira etapa da reforma acústica das salas já foi concluída, com a instalação de difusores policilidricos e bass traps na sala de gravação, e estamos com previsão do projeto totalmente finalizado, até início de abril.

Disponibilizamos aos nossos  clientes,  setup de microfones de alto nível, para as mais diversas formas de captação do áudio, como os modelos Neuman TLM 103/ AKG 414/ Audix FX 111/ Audio Technica/ Shure entre outros,  em uso conjunto com  periféricos valvulados, como os americanos da marca Bellari e os maravilhosos plug-ins TDM do Pro Tools HD 8 .

Veja mais informações sobre esse sistema no site:  http://www.digidesign.com. E saiba porque os produtores Andrew Scheps( Metallica / U2  / Red Hot Chilli Peppers) e Mike Shinoda ( Likin Park) usam Pro Tools HD nas suas produções.

Confira algumas fotos dos equipamentos:


[96 I/O e periféricos valvulados]

[Mac Pro Two  2.8 Quad-core com Pro Tools HD 2 Accel]

[Projeto Difusores Policilíndricos]

[Projeto Bass Traps]


sexta-feira, 6 de março de 2009

Cultura é sim um bom negócio!


Recebemos uma interessante indicação de leitura sobre marketing cultural. Cortesia da parceira Maria Alreni, gestora do projeto Cultura e Negócios Integrados - PI do Sebrae piauiense. Esperamos que esse texto seja lido por muita gente, principamente os empresários. Essa pauta merece muito entrar nas rodas de discussões, sobretudo no Piauí.

Leia:

Empresas investem em cultura para ter ganho de imagem

Para executivos, ações de marketing cultural devem ser contínuas para trazer retorno no longo prazo

Marili Ribeiro

Em tempos de crise econômica, quando os cortes de investimentos entram em cena, o dinheiro aplicado em ações de marketing cultural deveria resistir. A principal razão para isso, segundo o americano Arthur Cohen, sócio da LaPlaca Cohen, empresa especializada em ações de marketing cultural, está na sensação de estabilidade e continuidade que esse tipo de marketing consegue passar para uma marca, num momento em que todos correm, por conta das incertezas, atrás de segurança. 

Cohen esteve no Brasil há algumas semanas para falar sobre o tema em evento patrocinado pela Luxury Marketing Council (LMC), da qual faz parte a agência de propaganda JWT, onde se deu o encontro para convidados. "A crise deixa as pessoas inseguras e, nesses momentos, a audiência fica presa a valores essenciais. Aumentam visitas a museus, centros culturais e espetáculos ", disse ele, tomando como base recente pesquisa feita nos Estados Unidos.

A pesquisa abrangeu um universo de mil pessoas, que responderam sobre como a crise econômica afeta o consumo cultural. Do total de entrevistados, 88% disseram que pretendem visitar mais museus e outros espaços culturais. Esse dado em si, na opinião de Cohen, configura uma ótima perspectiva para as marcas investirem no setor. Ele cita como exemplo os grandes grupos que mantêm parcerias em projetos de arte e são reconhecidos por isso, como é o caso da multinacional Unilever com a galeria Tate Modern, em Londres, ou então as ações da Louis Vuitton, ao convidar artistas plásticos para desenhar suas bolsas, malas e acessórios. 

LONGO PRAZO

Conhecedor do discurso de Cohen, o diretor de marketing do Bradesco, Luca Cavalcanti, diz que investimentos em marketing cultural realmente funcionam, desde que respeitem um planejamento de longo prazo. "Não aprovo o oportunismo de quem embarca nessas ações por puro modismo", diz. Quase a metade dos R$ 500 milhões investido anualmente em marketing pelo Bradesco é dedicada a eventos. São mais de 800 deles, entre festas regionais, comunitárias e nacionais, como o carnaval. 

"Estamos agora no ar com uma campanha publicitária em que, aproveitando o posicionamento de ?banco completo? que assumimos, mostramos um conjunto de ações que apoiamos", conta. O comercial reuniu em uma única arena manifestações culturais do País como o Boi do Festival de Parintins, as dançarinas das quadrilhas de São João, as rainhas da Festa da Uva, o músico de taikô do Festival do Japão e o maestro Roberto Minczuck, que rege a Orquestra Sinfônica Brasileira."No Bradesco, temos um comitê com profissionais de áreas específicas para avaliar as propostas que recebemos - e avaliamos cada oferta com a seriedade que ela merece."

Para o diretor de marketing do banco HSBC no Brasil, Marcello Velloso, a estratégia de associar marcas a projetos culturais em tempos de crise faz todo o sentido. É uma ação que traz retorno a longo prazo. "É um investimento que não deve se restringir a um período", diz. "O reconhecimento global da marca HSBC se deve muito à continuidade e à consistência de seus constantes projetos em marketing cultural."

Velloso conta que os recursos do projeto musical que o banco mantém nas casas de show HSBC Brasil, em São Paulo, e HSBC Arena, no Rio, devem ser 10% maiores do que os do ano passado. Já estão programados para o primeiro semestre dois shows dos guitarristas e blueseiros Buddy Guy e Robert Cray. No ano passado, o banco fez apenas dois espetáculos internacionais - com a jazzista Diane Krall e o cantor Seal. "A nossa preocupação é associar a imagem do banco a valores que traduzam sofisticação e exclusividade", diz. "Não caberia, por exemplo, associar a nossa imagem a estilos de apelo popular." 

FRASES

Arthur Cohen

Sócio da empresa americana LaPlaca Cohen

"A crise deixa as pessoas inseguras e, nesses momentos, a audiência fica presa a valores essenciais. Aumentam
visitas a museus, centros culturais e espetáculos"

Marcello Velloso
Diretor de marketing do banco HSBC

"É um investimento que não deve se restringir a um período"

link da fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090302/not_imp331818,0.php 

quarta-feira, 4 de março de 2009

Saiba como foi o Fórum Nacional de Direito Autoral


A ABMI indicou o site do MinC como fonte para saber como foi o Fórum Nacional de Direito Autoral. Os seminários realizados em 2008 estão sendo, gradualmente, disponibilizadas no endereço www.cultura.gov.br/direito_autoral

Lá é possível acessar vídeos e textos dos seguintes eventos:

Seminário “A Defesa do Direito Autoral: Gestão coletiva e Papel do Estado” - Rio de Janeiro, 30 e 31 de julho de 2008. Debateu sobre a situação das sociedades de gestão coletiva no Brasil, discutiu, dentre outros temas, o modelo e a organização desse setor; a criação de associações de usuários de obras protegidas pela legislação autoral; como enquadrar os novos usos nos conceitos tradicionais de utilização de obras e como superar as dificuldades de gestão de direitos nesse novo ambiente; os direitos de reprodução e a cópia privada; a gestão das obras audiovisuais; o papel do Estado na supervisão e regulação dessa atividade; e a necessidade de criação de uma instância de conciliação de interesses.

Seminário “Direitos Autorais e Acesso à Cultura” - São Paulo, 27 e 28 de agosto de 2008. Promoveu o debate com a sociedade e entidades de defesa do consumidor e o interesse público sobre o acesso à cultura face aos direitos autorais, discutindo, dentre outras coisas, o tema das limitações e exceções da lei autoral (a cópia privada, limitações para bibliotecas e outras instituições culturais, limitações para pessoas portadoras de necessidades especiais, limitações para fins educacionais etc); o domínio público; as formas de licenciamento e as medidas tecnológicas de proteção.

Seminário “Autores, Artistas e seus Direitos” - Rio de Janeiro, 27 e 28 de outubro de 2008. Ouviu autores e artistas sobre os benefícios e as dificuldades impostos pela atual estrutura do direito autoral no Brasil, angariando subsídios quanto aos seus anseios e receios diante das questões impostas pelo advento das novas tecnologias de produção e difusão dos bens culturais. Entre outras questões, discutir a questão das relações contratuais com os investidores da área cultural.

Seminário Internacional sobre Direito Autoral - Fortaleza, 26, 27 e 28 de novembro de 2008. Contou com os representantes dos diversos segmentos ligados ao tema do direito autoral do Brasil e do exterior. Dentre os tópicos debatidos estavam a questão do equilíbrio do Sistema Internacional de Direito Autoral, os novos temas em discussão no cenário internacional no tocante ao direito autoral e a inserção do Brasil no cenário internacional do direito autoral.